O Bom Pastor:

Formação do Clero da Arquidiocese de Braga

15.2.07

Família, comunidade de vida e de amor



«Esta capacidade de amar e de ser amado tem a sua expressão mais plena na união estável de um homem e de uma mulher. A esta decisão chega-se, nesse processo de maturação do amor, quando a pessoa se torna capaz de contrair um compromisso de doação, de entrega e de fidelidade com outra do outro sexo. O matrimónio é o modo particular e específico de realizar essa entrega que o amor esponsal exige. Ao ligar-se um ao outro por um amor fiel, exclusivo e indissolúvel, que os compromete para sempre, os esposos tornam-se “uma só carne” (Gn 2,24). Essa união natural, realizada com e por amor, aperfeiçoa-se e consolida-se dia a dia a partir desse mesmo amor.
A aventura do matrimónio é, além disso, frutificante: a família é “o santuário da vida” (João Paulo II, Carta às Famílias Gratissimam sane, nº 11) e está ao serviço da vida. A comunhão conjugal é uma união dinâmica, que se prolonga na fecundidade. Está ordenada, por meio da procriação, à edificação da comunidade familiar.
Os filhos, como fruto do amor, são, por sua vez, fonte do amor. Eles dão sentido à vida dos cônjuges e tornam-se um dom para os pais. Os filhos “não são um ‘acessório’ no projecto de uma vida conjugal; são, antes, um ‘dom preciosíssimo’ inscrito na própria estrutura da união conjugal” (João Paulo II, Homilia no Jubileu das Famílias, Outubro de 2000, nº 5).»
(Conferência Episcopal Portuguesa, Carta Pastoral A Família, esperança da Igreja e do mundo, Maio 2004, nº 6)

A construção da comunidade de vida e de amor tem o seu início no amor do casal e consolida-se na construção de um projecto de vida a dois. Para o seu desenvolvimento é necessário ultrapassar as dificuldades impostas pela rotina, pela vida profissional de cada um, pelas tarefas domésticas, pelas solicitações da sociedade, etc.
A fecundidade surge como consequência natural do amor vivido nesta comunidade e concretiza-se não só nos filhos mas também no acolhimento e na relação com os outros.
O serviço à vida na família inclui a educação e o acompanhamento do crescimento dos filhos. A transmissão dos valores em que acreditamos e os primeiros passos na descoberta do amor de Deus são elementos fundamentais na construção da comunidade de vida e de amor que procuramos.

Domingos Paulo de Oliveira

1 Comments:

  • Que coragem!!!

    Tecer toda esta reflexão sobre o matrimônio e defender, ao mesmo tempo, o celibato!

    Belo post!!!

    Paz & Bem!!!

    By Blogger Barbara Lucas, at 3:33 da tarde  

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