«A Palavra para viver»: Bruno Forte (10-11)
10. Da Palavra ao Silêncio
Da escuta obediente da Palavra brota, então, a eloquência silenciosa da vida: «Nós agradecemos continuamente a Deus porque tendo recebido a palavra divina pela pregação, a acolheste não como palavra de homens mas como ela é verdadeiramente, palavra de Deus que age em vós os crentes» (1Tes 2,13). Esta existência habitada pelo Eterno nutre-se de novo da escuta do Seu Silencio, que nos alcança através da Palavra e nos abre ao silencio do desejo e da esperança. Quem ama a Palavra, sabe o quanto é necessário o silencio, interior e exterior, para a escutar verdadeiramente, e para deixar que a sua luz nos transforme mediante a oração, a reflexão e o discernimento: no clima do silencio, à luz das Escrituras, aprendemos a reconhecer os sinais de Deus e a referir os nossos problemas ao desígnio da salvação que a Escritura nos testemunha. A escuta é o silencio fecundo habitado pela Palavra: «O Pai pronunciou uma palavra, que foi seu Filho e sempre a repete num eterno silencio; por isso em silencio dever ser sempre escutada pela alma…» (S. João da Cruz, Sentenze. Spunti di amore, n. 21, in Opere, Roma 1972, 1095). Não pronuncies nunca, então, a palavra da vida sem primeiro teres longamente caminhado pelos caminhos do silêncio, na escuta meditada e profunda da Palavra que vem da Eternidade!
11. O ícone de Maria, Virgem da escuta
Maria é o ícone da escuta fecunda da Palavra: ela nos ensina a acolhê-la, a guardá-la e a meditá-la incessantemente: «Maria, por seu lado, observava todas estas coisas meditando-as em seu coração» (Lc 2,19). Imagem perfeita da Igreja, Maria deixa-se plasmar pela Palavra de Deus: «Faça-se em mim segundo o que disseste» (1,38). E a escuta faz-se dom de amor: «a Virgem da anunciação vai até Isabel para a ajudar nas suas necessidades. Mulher da escuta, Maria apresenta-se na visitação como Mãe do Amor: «a que devo que a mãe do meu Senhor venha a mim?» (2,43). A sua voz traz a alegria messiânica: «Eis que quando a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos o menino exultou de alegria no meu seio» (v. 44). A sua bem-aventurança foi ter ouvido e acreditado na Palavra do Eterno: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor» (2,45). A Maria —criatura da Palavra, que intercede por nós na glória do Deus— peço para nos ajudar a viver como Ela na escuta da Palavra, para acolhermos o Verbo da vida e levá-lo aos outros, na transparência e no empenho de todos os nossos dias. Rezar com Maria, confiar-te à Sua intercessão (por exemplo com a oração do rosário, tão rica de motivos bíblicos), te ajudará a guardar e viver as divinas Escrituras.
Da escuta obediente da Palavra brota, então, a eloquência silenciosa da vida: «Nós agradecemos continuamente a Deus porque tendo recebido a palavra divina pela pregação, a acolheste não como palavra de homens mas como ela é verdadeiramente, palavra de Deus que age em vós os crentes» (1Tes 2,13). Esta existência habitada pelo Eterno nutre-se de novo da escuta do Seu Silencio, que nos alcança através da Palavra e nos abre ao silencio do desejo e da esperança. Quem ama a Palavra, sabe o quanto é necessário o silencio, interior e exterior, para a escutar verdadeiramente, e para deixar que a sua luz nos transforme mediante a oração, a reflexão e o discernimento: no clima do silencio, à luz das Escrituras, aprendemos a reconhecer os sinais de Deus e a referir os nossos problemas ao desígnio da salvação que a Escritura nos testemunha. A escuta é o silencio fecundo habitado pela Palavra: «O Pai pronunciou uma palavra, que foi seu Filho e sempre a repete num eterno silencio; por isso em silencio dever ser sempre escutada pela alma…» (S. João da Cruz, Sentenze. Spunti di amore, n. 21, in Opere, Roma 1972, 1095). Não pronuncies nunca, então, a palavra da vida sem primeiro teres longamente caminhado pelos caminhos do silêncio, na escuta meditada e profunda da Palavra que vem da Eternidade!
11. O ícone de Maria, Virgem da escuta
Maria é o ícone da escuta fecunda da Palavra: ela nos ensina a acolhê-la, a guardá-la e a meditá-la incessantemente: «Maria, por seu lado, observava todas estas coisas meditando-as em seu coração» (Lc 2,19). Imagem perfeita da Igreja, Maria deixa-se plasmar pela Palavra de Deus: «Faça-se em mim segundo o que disseste» (1,38). E a escuta faz-se dom de amor: «a Virgem da anunciação vai até Isabel para a ajudar nas suas necessidades. Mulher da escuta, Maria apresenta-se na visitação como Mãe do Amor: «a que devo que a mãe do meu Senhor venha a mim?» (2,43). A sua voz traz a alegria messiânica: «Eis que quando a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos o menino exultou de alegria no meu seio» (v. 44). A sua bem-aventurança foi ter ouvido e acreditado na Palavra do Eterno: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento das palavras do Senhor» (2,45). A Maria —criatura da Palavra, que intercede por nós na glória do Deus— peço para nos ajudar a viver como Ela na escuta da Palavra, para acolhermos o Verbo da vida e levá-lo aos outros, na transparência e no empenho de todos os nossos dias. Rezar com Maria, confiar-te à Sua intercessão (por exemplo com a oração do rosário, tão rica de motivos bíblicos), te ajudará a guardar e viver as divinas Escrituras.
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