A ESMOLA
Lembro muitas vezes o José, o pedinte. Havia gente que atravessava a rua só para cruzar com ele. Um mistério parecia habitá-lo. A quem passava lançava um sorriso que fazia lembrar o sol. Cantava e era feliz. Estendia a mão agradecendo com uma benção. José, o pedinte, podia depositar um segredo no bolso de cada um. Porque todos, afinal, somos pedintes. Porque a nossa vida precisa sempre de um sorriso, de uma palavra amiga, de uma canção ou de uma benção.
[Mário Rui de Oliveira]
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